Era
uma vez uma menina que colecionava letras.
Todos os dias apanhava letras por
esse mundo fora e guardava-as muito bem guardadas dentro de uma caixa especial.
Apanhava letras dos anúncios, dos livros, das cartas, letras da sopa, das
canções e de tudo o que encontrava. Eram letras “emprestadas”. Não é que
fizessem falta a alguém, mas tinham sido discretamente arrecadadas. À noite,
quando ninguém via, fazia palavras “salteadas” com letras “emprestadas”. Com
estas letras construía frases muito bem “apanhadas”. E as histórias cresceram
tanto que quando as queria guardar já não cabiam na caixa. Arranjou então um
caderno onde as guardar. Eram histórias extraordinárias sobre coisas
“surripiadas”. Tinham grandes aventuras com larápios e gatunos, malandros e
trapaceiros, salteadores e burlões. E foi assim que nasceram as histórias de polícias e ladrões.
in, Abecedário dos
Nomes
de Manuela Crespo
Adorei!
ResponderEliminarQue assalto tão proveitoso, esse das letras!
Que ideia genial!
:)